Área afetada pela prática de queimada. (Foto: Antonio Guimaraes)
A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em diferentes pontos do planeta, os países subdesenvolvidos são os que mais utilizam esse tipo de recurso. As queimadas são mais freqüentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo do solo, quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, esse recurso não requer investimentos financeiros. Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação questionada, uma vez que o solo perde nutrientes, gradativamente resultando na infertilidade.
Outra questão que deriva das queimadas é o aquecimento global, pois a prática é a segunda causa do efeito estufa, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global. As queimadas praticadas para retirar a cobertura vegetal original para o desenvolvimento agrícola e pecuária provocam uma grande perda de seres vivos da fauna e da flora, promovendo um profundo desequilíbrio ambiental, às vezes em níveis sem precedentes. No caso específico de Itapetinga, as queimadas tem sido responsáveis pela diminuição de importantes domínios municipais, principalmente as áreas de matas ciliares e remanescentes florestais, duas áreas intensamente exploradas pela agropecuária. Baseado em relato de produtores do municipio, no ano de 2007 foram aproximadamente queimados 500 hectares de cobertura verde.
O Centro Estadual de Meteorologia da Superintendência de Recursos Hídricos -CEMBA/SRH, mostra que a incidência de focos de incêndio deve aumentar nas regiões Oeste, São Francisco e Norte Ibotirama, na região Oeste do Estado, estão em alerta máximo quanto ao risco de queimadas, principalmente na zona rural. A previsão de tempo da Bahia. As faixas centro-oeste das regiões da Chapada Diamantina e Sudoeste do Estado também estão vulneráveis, devido a uma intensa massa de ar quente e seco.
O meteorologista Heráclio Alves explica que os baixos índices de umidade relativa do ar, entre 20 e 30%, e as temperaturas elevadas, em torno dos 35ºC, contribuem para a ocorrência de focos de queimadas nessas regiões. Ele fala que esses fatores deixam a vegetação seca mais suscetível, funcionando como combustivel.
Nesse contexto, o meteorologista chama a atenção dos agricultores que costumam atear fogo em áreas para o replantio e renovação de pasto. Como a vegetação está seca e há uma redução de chuva, nem sempre o fogo fica restrito à área planejada. O fogo pode se alastrar provocando danos irreparáveis ao meio ambiente, ameaçando a fauna e a flora locais, atestou.
Um comentário:
esse texto e bom ajuda a nos enformar melhor ... gostei/!!!
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